“Bem aventurados os fraturados, porque deixam passar a luz”
Há anos persigo a luz que adentra por entre as falhas das cortinas. A luz que entra através das falhas.
No meu quarto, há sempre uma cortina de renda para que, em algum momento do dia, eu veja o espaço se vestir de luz. Às vezes, o espaço sou eu. Gosto de me vestir assim. Gosto do desenho que dança sobre a pele e reinventa o olhar acostumado. Gosto da poesia que transborda da imagem que se ilumina. Gosto. Das falhas que abrem espaço para a luz.
Bárbara Vieira
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